"Nem Deus será capaz de afundar este navio"
Joseph Bruce Ismay, Presidente da White Star Line
Talvez, não, concerteza, a tragédia mais lembrada da história. Não só por causa do romance entre Jack Dowson e Rose DeWitt Bukater, no filme homônimo de James Cameron , mas também por mostrar como a falta de planejamento e de regras de segurança podem fazer com acidentes se transformem em tragédias.
Tudo começa em 31 de março de 1909, com o início da construção do RMS (Royal Mail Ship- navios que tinham o "privilégio" de transportar cargas da coroa inglesa) Titanic, na Irlanda.O navio não era somente o maior e mais luxuoso da época, mas também o mai potente, podendo alcançar os incríveis 43Km/H (naquele contexto, com carros que andavam à 20Km/H, essa velocidade era quase inimaginável), contando com 29 caldeiras, alimentadas por 159 fornos de carvão. O Titanic, de propriedade da White Star Line tinha quadras de Squash, piscina, ginásio, banho turco, banho elétrico e telefone. Dizia-se que o navio era inafundável. É claro que logo toda a alta sociedade européia se interessou em ingressar na viagem inaugural do maior navio do mundo- infelizmente, uma viagem sem chegada.
Aos 10 de abril de 1912, no comando do Capitão Edward J. Smith, o RMS Titanic deixa o porto da cidade inglesa de Southampton rumo a Nova York com lotação de 2.223 pessoas à bordo, entre passageiros e tripulantes. Muita choradeira, despedidas, abraços e essas coisas. Infelizmente, ninguém sabia que esta era a (primeira e) última vez que o Titanic estaria ancorado em um porto.
No dia 13, o Capitão Smith recebe inúmeros avisos de icebergs na região onde o Titanic navegava. O Capitão ordenou que a rota fosse alterada alguns quilômetros ao sul.
Então, às 23:40 os vigias de mastro veem que um enorme iceberg se aproximava rapidamente do navio. Rapidamente tocaram o sino de alerta e pegaram comunicador para se comunicarem com a Ponte de Comando. Quase 10 segundos se perderam até que foram atendidos. Ao serem atendidos, gritaram "Iceberg, bem em frente!". O Primeiro-Oficial, William Murdoch, deu ordens para que o timoneiro (operador do timão, o "volante" de um navio) vira-se o navio completamente à esquerda e ajustou as máquinas para dar ré no Titanic. Mas não adiantou.
Quarenta e sete segundos após o avistamento do iceberg, a lateral do Titanic se chocou com o enorme bloco de gele, arranhando todo o casco da embarcação. A água começou à entrar, e Murdoch ordenou o fechamento das comportas a prova de água. O Titanic foi projetado para flutuar com até quatro compartimentos inundados. Mas cinco já estavam cheios de água. Vinte minutos após a colisão, a proA (parte da frente do navio) já estava começando à afundar. O Capitão Smith ordenou a preparação dos botes salva-vidas e o que os pedidos de socorro fossem enviados. O único navio que chegaria mais rápido era o Carpathia, que iria demorar quatro horas para chegar até o Titanic. Infelizmente, o navio só tinha mais duas horas, até naufragar completamente.
Às 00:31 de 15 de abril de 1912, os primeiros botes (eram poucos botes, que poderiam atender menos da metade dos passageiros) são lançados no Atlântico, seguindo a velha ordem "mulheres e crianças primeiro", começando pela primeira classe. À 01:25 da madrugada a água já atingia o nome "Titanic", pintado de branco nas laterais do navio.
À 02:05 da manhã é lançado o último bote. Cinco minutos depois, os operadores do telegrafo emitem o último sinal de socorro do Titanic. O Capitão Smith ordena à tripulação o "abandonar o navio", e não foi mais visto. Diz-se que ele dirigiu-se até a Ponte de Comando e lá ficou, até morrer afogado.
Já são 02:16 do dia 15, e devido aos 19º de inclinção do navio, já é possível ver as imensas hélices de bronze da embarcação. Às 02:18, as luzes do Titanic piscam uma única vez e se apagam, para nunca mais serem acendidas.
O casco já não suporta mais a inclinação, e se parte em dois, ligadas apenas pelo casco da quilha. A proa começas a afundar, arrastando a popa (parte de trás do navio) quase que na vertical. Alguns dos poucos que aguentaram estas cenas de horror foram sugados quando a popa submergiu.
Às 02:20 do dia 15 de abril de 2012, o RMS Titanic tinha sido totalmente tragado pelas águas do Oceano Atlântico. Somente por volta das 04:00 o Carpathia chega ao local para resgatar os somente 706 sobreviventes dos mais de 2.000 passageiros. Por volta das 08:00 da manhã, o Carpathia ancorou nas docas do Porto de Nova York, trazendo consigo os sobreviventes do que seria o naufrágio mais lembrado de todos os tempos. O navio que "nem Deus afundaria", estava agora, no fundo mar.
Avaliação:
- Causas: causa natural seguida de falha humana.
- Número de Vítimas: 1517 pessoas.
- Número de Sobreviventes: 706 pessoas.
- Consequências: obrigatoriedade de número de botes e colete salva-vidas suficiente para todos os passageiros e tripulação e criação da Patrulha Internacional do Gelo, que monitora os icebergs.
Muito interessante, parabéns a TV Purga!!!
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