Você já teve a curiosidade de saber por que essa mania com o número sete? Como diria aquela música da Rita Lee, são sete dias da semana, sete notas musicais, sete pecados capitais. E tem muito mais setes por aí. Com relação aos dias da semana, você sabe de onde vem essa divisão numérica? Quem afinal decidiu que seria assim?
Os povos antigos que começaram a separar a semana em sete dias foram os babilônicos e os judeus. É provável que você tenha estudado – se vai lembrar, já é outra história – que os babilônicos criaram um calendário lunar, o que explica a divisão da semana em sete dias. Cada mês lunar é dividido em vários ciclos que nos permitem ver a Lua da sua forma mais minguante à mais cheia, certo? Cada um desses ciclos dura aproximadamente sete dias.
As fases da Lua não duram exatamente uma semana e é por isso que, por volta do século 6 a.C., tanto babilônicos quanto judeus costumavam ter um calendário com três semanas de sete dias e uma semana de oito ou nove dias, para sincronizar exatamente os dias da semana com as fases da Lua.
O sétimo dia da semana era considerado sagrado, tanto para os babilônicos quanto para os judeus – da mesma forma que muita gente ainda faz. Além disso, os babilônicos também acreditavam que o sétimo dia da semana era um dia de azar e que, por isso, era recomendável ficar em casa, para evitar que qualquer coisa ruim pudesse acontecer.
Os judeus acrescentaram ao calendário o dia sabático, que é uma palavra de origem hebraica e que significa “dia de descanso” – expressão também usada na Bíblia, na descrição da criação do mundo e do descanso divino no sétimo dia. Com o passar do tempo, aquela semana que tinha oito ou nove dias foi passando a ter somente sete, para que tudo ficasse igualzinho e para que o sétimo dia descanso fosse o último da semana.
Essa alteração foi oficializada pelo imperador Constantino, em 321 d.C. Devido à influência do Império Romano, o padrão foi adotado em praticamente todas as regiões o mundo e é mantido até os dias de hoje.